Paralisação da Petro Ita deixa passageiros sem informações e com dificuldades no transporte público
Segundo dia de paralisação dos rodoviários da Petro Ita causa caos no transporte público na Zona Sul de Petrópolis, com falta de informações sobre horários e itinerários.
Autor original: Wellington Daniel
Edição e resumo: Thiago Mendes
Passageiros que dependem do transporte público na área onde a Petro Ita ainda possui permissão para operar enfrentaram dificuldades neste sábado (07), segundo dia de paralisação dos rodoviários da empresa. O atendimento nos bairros foi feito de forma emergencial pelas demais viações – Cidade Real, Cidade das Hortênsias e Turp. A medida foi anunciada na noite de sexta-feira (06) pela Prefeitura sem anunciar detalhes de horários e itinerários, falta de informação que se seguiu ao longo do Feriado da Independência.
A reportagem acompanhou uma viagem de um coletivo da Cidade das Hortênsias, que foi uma das primeiras a realizar a operação emergencial. O embarque foi por volta de 11h30, na Rua Paulo Barbosa. O coletivo estava com o letreiro como “CDH Especial” e para descobrir o itinerário, tinha que questionar o motorista. Neste caso, o destino era a Ponte Fones, mas com baldeação em outras localidades.
A falta de informações gerou frustração e dificuldades para os passageiros. Dona Maria das Graças, 70, e Sebastião Duarte, 73, relataram as dificuldades em chegar aos seus destinos. Dona Maria precisou descer na rua principal e andar mais 10 minutos para chegar em casa, enquanto Sebastião teve que procurar por outro ônibus para chegar ao seu bairro.
A Prefeitura afirmou que está tomando medidas para garantir o transporte na Zona Sul, mas a falta de detalhes sobre horários e itinerários continua sendo um problema. A Prefeitura também criticou a Petro Ita pela falta de respeito aos funcionários e pela falta de pagamento integral dos salários. A Mesa Permanente de Diálogo está aberta para mediar as demandas e resolver a situação.
A paralisação dos rodoviários da Petro Ita causa transtornos para os moradores da Zona Sul de Petrópolis, que se veem privados de um serviço essencial e sem informações claras sobre como se locomover. A falta de comunicação por parte da empresa e a falta de organização por parte da Prefeitura aumentam a frustração dos passageiros, que se sentem abandonados à própria sorte.