Funcionários da Iluminação Pública de Petrópolis Paralisam Atividades por Salários Atrasados
Colaboradores da Express Construtora, responsável pela iluminação pública da cidade, reclamam de salários atrasados, falta de EPIs e veículos em péssimas condições.
Autor original: Maria Julia Souza
Edição e resumo: Thiago Mendes
Nesta segunda-feira (09), colaboradores da Express Construtora, empresa terceirizada responsável pelos serviços de iluminação pública em Petrópolis, paralisaram as atividades por causa de salários atrasados. Segundo eles, ao questionarem o motivo do atraso, a empresa informa que a Prefeitura não teria realizado os repasses necessários.
Um dos funcionários, que preferiu não se identificar, relata que os atrasos ocorrem de forma recorrente há, pelo menos, seis meses, e que já teriam tentado entrar em contato com a Prefeitura, buscando uma solução para o problema. No entanto, segundo eles, não obtiveram respostas. Na última semana, eles também paralisaram os serviços devido ao atraso no pagamento do ticket alimentação, retornando as atividades quando o repasse foi realizado.
“Outros funcionários já tentaram contato até com o prefeito, mas nunca têm respostas. É uma lista de decadências da empresa. Até mesmo colaboradores que foram dispensados sem justa causa ainda não receberam as verbas rescisórias após o prazo determinado por lei”, relatou.
Os colaboradores também relatam os problemas referentes aos veículos utilizados para os serviços. Segundo eles, caminhões estão com retrovisores quebrados, pneus carecas e sem freio. O problema já teria ocasionado um acidente no bairro Floresta, com o tombamento de um dos veículos. Além disso, eles também reclamam da falta de EPIs adequados para trabalharem.
“Não dão as luvas adequadas para trabalharmos com a rede elétrica, falta de óculos de proteção e estrutura para trabalho em altura. Uniformes e calçados adequados são uma das reclamações frequentes. A empresa é uma bagunça e os funcionários não estão aguentando mais. Porém, somos a peça mais fraca e temos que ser coniventes a essa falta de respeito, para manter o pão de cada dia”, relatou um dos funcionários.