Petrópolis sofre com a pior seca da história do Brasil e fumaça de queimadas
Cidade Imperial enfrenta escassez de água e poluição do ar, enquanto o país lida com a pior seca de sua história recente.
Autor original: Wellington Daniel
Edição e resumo: Thiago Mendes
O Brasil enfrenta a pior seca de sua história recente, segundo o Cemaden, e Petrópolis não escapa dos efeitos do clima adverso. A cidade registrou seca de fraca a moderada entre abril e agosto, com previsão de continuidade em setembro. Além disso, Petrópolis sofre com a chegada de partículas de fumaça das queimadas na Amazônia e Pantanal, intensificando os problemas de saúde pública.
A Defesa Civil de Petrópolis emitiu um aviso sobre o tempo seco e quente, com previsão de temperaturas em torno de 30°C até sábado (14) e umidade relativa do ar abaixo de 30%, bem inferior ao recomendado de 50% a 60%. A situação exige atenção especial à saúde, principalmente para grupos vulneráveis.
Diante da estiagem, a Águas do Imperador, responsável pelo abastecimento de água em Petrópolis, solicita o uso consciente da água. A concessionária utiliza caminhões-pipa, bombas, captações e medidas técnicas para garantir o fornecimento, mas a situação exige a colaboração da população para minimizar os impactos da seca.
A crise hídrica também afeta outras cidades do Rio de Janeiro, com a Cedae alertando sobre o baixo nível dos mananciais. O sistema Imunana-Laranjal, que atende o Leste Metropolitano, e Acari, que abastece parte da Baixada Fluminense, estão em estado de alerta devido à falta de chuvas e à redução da disponibilidade hídrica.
A fumaça das queimadas, principalmente na Amazônia e no Pantanal, continua avançando pelo país, atingindo 60% do território nacional, incluindo Petrópolis. Imagens de satélite do Inpe mostram a densa camada de poluição no ar. Especialistas recomendam o uso de máscaras e a ingestão de líquidos para minimizar os efeitos da poluição do ar.