Candidatos a prefeito de Petrópolis debatem soluções para o sistema previdenciário
Em meio a um déficit previdenciário crescente, os candidatos à prefeitura de Petrópolis apresentam suas propostas para garantir o funcionamento do regime e lidar com a dívida atuarial do Inpas.
Autor original: Wellington Daniel
Edição e resumo: Thiago Mendes
A situação do sistema previdenciário dos servidores públicos de Petrópolis está no centro do debate eleitoral, com a dívida atuarial do Inpas ultrapassando R$ 2 bilhões e o déficit do patrimônio líquido do regime previdenciário aumentando consideravelmente nos últimos anos.
O déficit previdenciário, que chegou a R$ 244,9 milhões em 2023, tem sido motivo de preocupação e levou à rejeição da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025 pela Câmara Municipal. A aprovação da LDO só ocorreu após a Prefeitura apresentar uma nota técnica explicativa sobre o tema.
A Tribuna de Petrópolis entrevistou os candidatos à prefeitura sobre suas propostas para o sistema previdenciário, buscando soluções para garantir o funcionamento do regime e lidar com a dívida atuarial. As respostas foram encaminhadas por escrito, com um limite de 500 caracteres.
Doutor Santoro (Novo) defende um “choque de ordem” no Inpas, propondo a substituição do regime de repartição por um sistema de capitalização. Eduardo do Blog (Republicanos), por sua vez, acredita na necessidade de realizar concursos públicos e enxugar cargos em comissão para reduzir o déficit. Hingo Hammes (PP) destaca a importância de concursos públicos, aportes regulares e diálogo com os servidores para melhorar a saúde financeira do Inpas.
Rubens Bomtempo (PSB) atribui o aumento do déficit à lei aprovada em 2021, que fixou um limite de contribuição menor do que o permitido pela legislação federal. O candidato afirma estar recuperando o Inpas, com fundos do plano previdenciário ultrapassando R$ 35 milhões e a obtenção do nível 1 do Certificado do Pró-Gestão. Yuri Moura (PSOL) argumenta que a solução não está em retirar direitos dos servidores, mas sim em aumentar a massa de servidores ativos, abrindo concursos públicos para trabalhadores terceirizados e convocação de aprovados em concursos anteriores.