Crise do Lixo em Petrópolis: Moradores Sofrem com Deficiência na Coleta e Candidatos Apresentam Soluções
A coleta de lixo em Petrópolis enfrenta uma crise que se arrasta há mais de um ano, com contratos emergenciais, licitações suspensas e serviços deficientes. Candidatos a prefeito apresentam suas propostas para solucionar o problema.
Autor original: Wellington Daniel
Edição e resumo: Thiago Mendes
A coleta de lixo em Petrópolis vive um momento crítico, com moradores relatando deficiências no serviço semanalmente. A crise, que se intensificou há mais de um ano, é reflexo de contratos emergenciais, licitações suspensas e questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e da 4ª Vara Cível de Petrópolis.
A situação se agravou em 2022, quando o contrato com o consórcio Limp-Serra, após diversos aditivos, estava para encerrar. O TCE-RJ determinou a realização de uma licitação para a contratação da empresa responsável. Em julho daquele ano, um último acordo emergencial foi fechado pela Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública.
Em 2023, a Prefeitura lançou novas licitações, com a Comdep assumindo a gestão dos contratos e a mão de obra da coleta. No entanto, o TCE-RJ suspendeu os certames por suspeita de irregularidades, e a 4ª Vara também levantou questionamentos.
Diante da crise, a Prefeitura recorreu a contratos emergenciais, com empresas como PDCA, AMI3 e Força Ambiental. O MP-RJ investiga a possibilidade de fraude em algumas dessas contratações. Além disso, o preço do transbordo e transporte do lixo, contratado com a AMI3, quase triplicou em um ano, gerando denúncias no TCE-RJ.
Outro problema surgiu com o fechamento do transbordo, alugado pela AMI3. A empresa deixou de pagar os valores acordados com a PDCA, que detém o espaço. Com isso, os caminhões de lixo têm que ir diretamente para Três Rios, prejudicando a coleta. A PDCA afirma estar aberta à negociação com a Comdep para resolver a questão.