Informalidade domina o mercado de pequenos negócios no Brasil e no Rio de Janeiro
Pesquisa do Sebrae Rio aponta que 66,4% dos empreendedores brasileiros atuam na informalidade, com cenário semelhante no estado fluminense.
Autor original: Redação/Tribuna de Petrópolis
Edição e resumo: Thiago Mendes
A informalidade prevalece entre os pequenos negócios no Brasil, com 66,4% dos empreendedores atuando sem registro formal, de acordo com uma pesquisa do Sebrae Rio realizada com base nos dados da Pnad-Contínua. O cenário no Rio de Janeiro é similar, com 68,9% dos negócios operando na informalidade. Essa realidade se repete em nível nacional, onde apenas 33,6% dos empreendedores possuem seus negócios formalizados, enquanto no Rio esse número é de 31,1%.
A formalização de um negócio traz diversos benefícios para o empreendedor, como acesso a direitos trabalhistas e previdenciários, além de permitir a participação em programas e iniciativas governamentais. Segundo Antonio Alvarenga, diretor-superintendente do Sebrae Rio, a formalização, principalmente através do MEI, oferece a oportunidade de sair da informalidade e garantir as vantagens do Seguro Social.
A pesquisa também destaca a diferença na estrutura dos negócios formais e informais. Na informalidade, a grande maioria dos empreendedores (97%) trabalha por conta própria, enquanto apenas 3% contratam funcionários. Já na formalidade, 33% dos empreendedores são empregadores e 67% atuam de forma independente. No que se refere ao gênero, as mulheres representam 70,6% dos empreendedores informais e 29,4% dos formais. Os homens, por sua vez, possuem 67,9% na informalidade e 32,1% na formalidade.
Em relação à distribuição setorial, o setor de serviços concentra a maior parcela dos empreendedores informais no Rio de Janeiro (58,9%), seguido pelo comércio (15,9%), construção (15,5%), indústria (6,6%) e agropecuária (3,1%). A renda média dos donos de negócios formais no estado é quase três vezes maior do que a renda dos que atuam na informalidade.
A pesquisa evidencia a importância da formalização para o crescimento e desenvolvimento dos pequenos negócios, garantindo acesso a benefícios fiscais, mercados, melhores contratos com fornecedores, crédito diferenciado e segurança previdenciária.