Orçamento de 2025 para a merenda escolar em Petrópolis é insuficiente
CAE denuncia falta de recursos para a alimentação escolar em Petrópolis e pede correções na LOA.
Autor original: Wellington Daniel
Edição e resumo: Thiago Mendes
O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) de Petrópolis expressou preocupação com o orçamento para a merenda escolar em 2025 durante uma reunião nesta terça-feira (05). De acordo com o CAE, a Lei Orçamentária Anual (LOA) destina apenas R$ 10 milhões para o programa de alimentação escolar, enquanto a necessidade real seria de R$ 40 milhões.
A presidente do CAE, Rose Silveira, alertou que a verba alocada pode ser insuficiente para garantir o fornecimento de merenda durante todo o ano letivo. Essa situação se soma aos problemas financeiros já enfrentados pela Secretaria de Educação neste final de ano, incluindo atrasos de pagamento e relatos de falta de itens na merenda.
O CAE solicitou aos vereadores Júlia Casamasso (PSOL) e Hingo Hammes (PP) que apresentem uma emenda à LOA para corrigir o valor destinado à merenda. Caso isso não seja possível, pedem que o texto seja enviado de volta ao prefeito para que as devidas correções sejam feitas antes da aprovação.
A vereadora Gilda Beatriz (PP) denunciou a falta de proteína em escolas e creches ao Ministério Público, confirmando denúncias de que unidades escolares estão com falta de itens ou quantidades insuficientes de alimentos. A falta de hortifruti também foi relatada, com a Gerência de Alimentação Escolar alegando problemas na licitação. A Prefeitura enfrenta problemas financeiros, incluindo queda do Índice de Participação do Município (IPM) e o bloqueio total dos repasses de ICMS devido a precatórios.
A secretária de Educação, Adriana de Paula, reconheceu as dificuldades financeiras, mas afirmou que o município trabalha para que a queda de arrecadação não impacte os serviços essenciais. A falta de recursos também impactou outros serviços da Educação, como o transporte escolar para alunos com deficiência, que está paralisado devido a atrasos no pagamento dos motoristas. A Secretaria de Educação negou entrevista à Tribuna de Petrópolis para comentar as denúncias.