Crise na merenda escolar de Petrópolis: Falta de alimentos e ameaça de paralisação
Alunos de escolas e creches municipais de Petrópolis enfrentam a falta de merenda, com relatos de escassez de alimentos, incluindo proteínas, legumes, verduras e frutas.
Autor original: Enzo Gabriel
Edição e resumo: Thiago Mendes
O fim do ano letivo em Petrópolis não está sendo tranquilo nas escolas municipais. Além da ameaça de paralisação por parte dos funcionários terceirizados da Educação devido ao atraso nos salários, os alunos sofrem com a falta de merenda, uma situação que se agravou nos últimos dias.
Funcionários de escolas relatam que a merenda se resume a arroz, feijão e biscoito, com a falta de legumes, verduras e frutas. A situação se repete em diversos locais, com denúncias de escassez de alimentos e confirmação por parte de responsáveis por alunos.
O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) expressou preocupação com a verba para a merenda em 2025, pois a Lei Orçamentária Anual (LOA) prevê R$ 10 milhões, enquanto o necessário seria R$ 40 milhões. O CAE aponta problemas na licitação de hortifruti, o que levou a um contrato emergencial, e atrasos na entrega de carnes, que teriam sido resolvidos. No entanto, muitas escolas ainda enfrentam problemas.
A Prefeitura atribui a crise à falta de recursos do ICMS e afirma que está trabalhando para normalizar o abastecimento de alimentos. A vereadora Gilda Beatriz (PP) denunciou a falta de proteína ao Ministério Público, com relatos de unidades com falta completa ou insuficiência dos itens, incluindo hortifruti.
A Câmara Municipal suspendeu a tramitação da LOA de 2025 em meio à crise, com a oposição exigindo ajustes no orçamento enquanto a base governista busca um acordo com Teresópolis para equilibrar os repasses de ICMS.