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O Golpe que Virou Feriado: A Proclamação da República

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O Golpe que Virou Feriado: A Proclamação da República


135 anos da Proclamação da República: Um golpe de Estado ou uma necessária transição?

G1
Sexta-feira, 15 de novembro de 2024 às 00:30

Autor original: Marcella Rodrigues, g1 DF

Edição e resumo: Thiago Mendes

Em 15 de novembro de 1889, o Brasil se despediu de sua monarquia e deu início à República, em um evento que marca até hoje o calendário como feriado nacional. Liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, o movimento foi marcado por um golpe militar, que derrubou o governo de Dom Pedro II após 49 anos de reinado.

A proclamação, planejada por uma minoria composta por militares e elites agrárias e escravocratas, ocorreu sem a participação significativa da população. Por esse motivo, é vista por muitos historiadores como um golpe de Estado e não uma revolução popular. O impacto para as classes mais baixas foi mínimo, com a transição ocorrendo majoritariamente entre as elites, sem grande mobilização social.

Diversos fatores contribuíram para a Proclamação da República. Entre eles, a insatisfação do Exército com sua baixa participação política; o fim da escravidão em 1888, que irritou profundamente a elite agrária; e o crescente movimento republicano entre a classe média urbana, que via a monarquia como ultrapassada.

Após a proclamação, um governo provisório foi instalado, com Deodoro da Fonseca como primeiro presidente, e a família imperial partiu para o exílio na Europa. Apesar da mudança de regime, as desigualdades sociais persistiram. A estrutura política, embora se organizasse de forma federativa, mantinha características elitistas e excludentes, com pouca participação popular.

O 15 de novembro, portanto, representa um marco importante na história brasileira, embora polêmico, simbolizando uma transição de poder que, apesar de instaurada mediante um golpe de Estado, lançou as bases para a formação do regime republicano no Brasil. A data, embora comemorada como feriado, remete a um processo histórico complexo, marcado por disputas de poder entre as elites e a ausência de uma participação popular efetiva.

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