Crise do Lixo em Três Rios: Dívida de R$ 1,4 Milhão e Impactos nos Serviços
Força Ambiental nega interrupção, mas relata ajustes devido à dívida da Comdep; mudanças na presidência da companhia e impactos na coleta de lixo são analisados.
Autor original: Wellington Daniel
Edição e resumo: Thiago Mendes
A Força Ambiental, responsável pelo aterro sanitário de Três Rios, afirma que a Companhia Municipal de Desenvolvimento (Comdep) possui uma dívida superior a R$ 1,4 milhão. Apesar disso, a empresa nega interrupção total dos serviços, mas admite redução de custos operacionais, como a diminuição de viagens das máquinas para descarregar o lixo, aumentando o tempo médio de descarga.
A crise do lixo em Três Rios é marcada por quatro trocas de presidentes na Comdep em apenas um ano, coincidindo com a intensificação dos problemas de coleta. A situação se agravou nos últimos dias, com aumento das reclamações sobre a deficiência na coleta. A Comdep alega que a nova metodologia de trabalho da Força Ambiental "fugia aos termos contratuais", embora a Força Ambiental negue interrupção dos serviços.
A Força Ambiental destaca que, apesar da inadimplência, a média mensal de resíduos recebidos (7 mil toneladas entre agosto e novembro) foi inferior à estimativa contratual (9 mil toneladas). A empresa atribui a crise, que dura mais de um ano, à Comdep, responsável pela coleta, que atualmente aluga caminhões e equipamentos da AMI3.
As constantes mudanças na presidência da Comdep ocorreram em meio a problemas contratuais. O fim do contrato com o consórcio Limpserra em julho de 2023 gerou mudanças na gestão da coleta, com a Comdep assumindo a responsabilidade, porém enfrentando dificuldades com licitações e contratos emergenciais. A Justiça decidiu pela divisão dos serviços, envolvendo a AMI3 e a PDCA.
O fechamento do transbordo da BR-040 agravou ainda mais a crise, forçando os caminhões a descarregar diretamente no aterro e causando o espalhamento do lixo pelas ruas. A atual gestão da Comdep, sob Anderson Fragoso, enfrenta a situação crítica, agravada por dívidas da prefeitura superiores a R$ 20 milhões com empresas contratadas, segundo informações do vereador Mauro Peralta e do prefeito eleito Hingo Hammes.