/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/1/U/xWTnpBSKmBeUszC6N19w/estampa-de-roupa-causou-repudio-de-entidades-em-petropolis.-marca-se-desculpou.png)
![](javascript:openModal('{"images":["https://s2-g1.glbimg.com/8hwTfa13-jN5H7nhEAEpxYyr7tM=/0x0:1285x1029/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/1/U/xWTnpBSKmBeUszC6N19w/estampa-de-roupa-causou-repudio-de-entidades-em-petropolis.-marca-se-desculpou.png"],"current":0}');)
Polêmica Racial: Estampa de Roupa com Ilustração Questionável Denunciada ao MPRJ
Marca de roupas é acusada de racismo em estampa com conotação negativa, gerando revolta e denúncia ao Ministério Público.
Autor original: Priscila Torquato, Ariane Marques, g1 e RJ2
Edição e resumo: Thiago Mendes
Uma marca de roupas, Criações Gênesis, foi denunciada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) após o lançamento de uma camisa com estampa considerada racista por diversas entidades de Petrópolis. A estampa apresenta uma ilustração de mãos de cores clara e escura se tocando, acompanhada da frase "Não se contamine!".
A vereadora eleita Lívia Miranda (PCdoB) e o coordenador de Igualdade Racial de Petrópolis, Filipe Graciano, encabeçaram a denúncia, alegando que a imagem reforça preconceitos raciais e configura uma afronta aos princípios constitucionais da dignidade humana, igualdade e respeito. A denúncia foi respaldada por notas de repúdio de cinco entidades: Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), Quilombo da Tapera, Educafro Petrópolis, OAB Petrópolis (Comissão de Igualdade Racial) e Povo de Santo de Petrópolis.
A polêmica surgiu após a divulgação de um vídeo da criadora de conteúdo Brenda Sá e seu noivo usando a camisa. Internautas também apontaram a conotação racista da estampa, gerando uma onda de repúdio nas redes sociais. As entidades denunciantes afirmam que a associação da cor da pele à ideia de contaminação é inaceitável e perpetuadora do racismo estrutural.
A proprietária da marca, em nota enviada por seu advogado, justificou a estampa como uma metáfora de contaminação espiritual, alegando que a cor da mão não representava etnia, mas sim deterioração. Apesar da explicação, a empresa retirou a camisa do mercado e se desculpou publicamente pelo ocorrido, prometendo revisão interna e treinamentos de conscientização.
O MPRJ ainda não se manifestou oficialmente sobre a abertura de investigação. A repercussão negativa gerou um debate importante sobre responsabilidade social das empresas e a importância de se combater o racismo em todas as suas formas.
