Redução drástica na oferta de ônibus em Petrópolis impacta moradores
Passageiros reclamam da diminuição de linhas e horários após mudanças no transporte público da cidade.
Autor original: Wellington Daniel
Edição e resumo: Thiago Mendes
A cidade de Petrópolis enfrenta problemas sérios no seu sistema de transporte público, com a redução significativa da oferta de ônibus afetando diversos bairros. A situação se agravou após a saída da empresa Petro Ita, há quase três meses, deixando pelo menos dez linhas inoperantes e outras com horários reduzidos.
O Grupo de Apoio Técnico do Especializado (Gate) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apontou em abril que a tarifa cobrada é alta em relação à oferta de coletivos, indicando uma demanda reprimida por falta de opções de transporte. A redução na qualidade do serviço está forçando os moradores a buscarem alternativas, impactando sua rotina.
Um levantamento do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes (Comutran) identificou 10 linhas diurnas sem operação em regiões anteriormente atendidas pela Petro Ita, gerando dificuldades para os moradores chegarem ao trabalho ou escola. A falta de um serviço noturno (corujão) também é uma reclamação recorrente na região do Valparaíso.
A redução de linhas e horários não se limita às áreas afetadas pela saída da Petro Ita. Bairros como Mosela e Bingen também sofrem com a diminuição da oferta de viagens, impactando a vida de estudantes e trabalhadores. Por exemplo, a linha 107, que antes ligava o Centro ao Terminal Bingen, agora possui horários reduzidos, dificultando o acesso à escola para alguns alunos.
Apesar das justificativas apresentadas pelo Setranspetro e pelas empresas de ônibus sobre investimentos e ajustes técnicos em função da pandemia e mudanças no mercado, a realidade para os moradores é de dificuldades no deslocamento diário. A prefeitura ainda não se manifestou sobre as denúncias, e o Ministério Público continua a buscar soluções judiciais para o problema.