Comdep solicita revisão de prazo para regularização da coleta de lixo em Petrópolis
Com dívida milionária, a companhia alega dificuldades para cumprir prazo judicial e aponta problemas com fornecedora de equipamentos.
Autor original: Wellington Daniel
Edição e resumo: Thiago Mendes
A Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) entrou com um pedido de revisão do prazo de 72 horas imposto pela Justiça para regularizar a coleta de lixo na cidade. A companhia argumenta que o prazo, que se encerraria em 13 de novembro, é insuficiente para solucionar o problema.
A Comdep revelou uma dívida de R$ 5,4 milhões com a AMI3, empresa responsável pelo aluguel de caminhões e equipamentos para a coleta de lixo. Essa informação adiciona um novo elemento à crise, que até então se concentrava na pendência com a Força Ambiental, responsável pelo aterro sanitário.
A Comdep afirma que a crise começou com uma suposta “operação tartaruga” da Força Ambiental no início de novembro, seguida pela redução do número de caminhões disponíveis pela AMI3 devido a uma dívida da Comdep. Apesar do reconhecimento da dívida, a companhia alega estar “praticamente em dia” com a AMI3 e que a situação já havia sido resolvida, mas que o aumento de quebras de veículos agravou o problema.
A Comdep destaca divergências em notas fiscais da AMI3, totalizando R$ 5.419.501,90, e afirma ter suspenso os pagamentos dessas notas. A companhia defende a inclusão da AMI3 no processo judicial, argumentando que a resolução do problema é impossível sem a participação da empresa.
Tanto a AMI3 quanto a Comdep não se manifestaram sobre o assunto quando procuradas pela reportagem. A situação evidencia a complexidade da crise do lixo em Petrópolis e as disputas entre as empresas envolvidas.