Chuvas amenizam crise hídrica em Petrópolis, mas abastecimento ainda não está normalizado
Chuvas recentes trazem alívio, mas o abastecimento de água em Petrópolis ainda depende de medidas emergenciais. A situação deve se normalizar em novembro, com a previsão de mais chuvas.
Autor original: Wellington Daniel
Edição e resumo: Thiago Mendes
As chuvas dos últimos dias trouxeram alívio para a crise hídrica em Petrópolis, segundo a Águas do Imperador, concessionária responsável pelo abastecimento da cidade. Apesar da melhora, a empresa ainda precisa recorrer a captações alternativas para garantir o fornecimento de água para a população.
A expectativa é que a situação se normalize após novembro, quando a previsão é de mais chuvas. Segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Petrópolis enfrentou uma seca moderada em setembro, um agravamento em comparação com agosto, que registrou seca leve.
Até 1º de outubro, a cidade acumulava 47 dias sem chuvas significativas, segundo o Cemaden. Em setembro, os sistemas da Mosela e Montevideo, responsáveis pelo abastecimento de 80% de Petrópolis, funcionavam com redução de um quarto da vazão total.
A Águas do Imperador utiliza captações alternativas, bombas extras e caminhões-pipa para atender às regiões mais afetadas, em alguns casos operando 24 horas por dia. Além disso, medidas técnicas estão sendo implementadas para melhorar a distribuição de água na cidade.
Durante o período mais crítico da estiagem, a concessionária e a Prefeitura foram alvo de críticas por falta de transparência. Moradores relataram que ficavam vários dias sem água, sem informações claras sobre a retomada do abastecimento e sem aviso prévio sobre o racionamento. Com a previsão de mais chuvas para o fim de outubro e novembro, a concessionária espera que o serviço se regularize nas próximas semanas.