Dia Nacional do Surdo: 56 mil petropolitanos podem ter algum tipo de perda auditiva
Setembro Azul alerta para a importância da saúde auditiva e destaca o impacto da surdez na vida de milhares de pessoas em Petrópolis.
Autor original: Enzo Gabriel
Edição e resumo: Thiago Mendes
O Dia Nacional do Surdo, comemorado em 26 de setembro, dentro do Setembro Azul, mês de conscientização sobre a surdez, chama atenção para a realidade de mais de 56 mil petropolitanos que convivem com algum grau de perda auditiva, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS estima que 1,5 bilhão de pessoas no mundo sofrem com perda auditiva, o que representa 20% da população global. Essa realidade se reflete em Petrópolis, onde cerca de 56 mil habitantes enfrentam algum tipo de perda auditiva, seja leve, moderada, severa ou profunda.
O otorrinolaringologista Denis Rangel destaca o impacto da surdez na qualidade de vida, principalmente em casos de perda auditiva moderadamente severa a profunda, que atingem cerca de 13 mil pessoas na região serrana.
“A surdez é considerada uma deficiência invisível, o que muitas vezes dificulta a busca por reabilitação auditiva. É comum que as pessoas questionem a estética dos aparelhos auditivos, mesmo a perda auditiva sendo mais evidente do que o uso de um aparelho”, explica o médico.
Denis também ressalta a importância da comunicação em Libras e os desafios enfrentados pela comunidade surda. “Um surdo não oralizado tem muitas limitações, como dificuldade para realizar tarefas simples como ir ao supermercado ou à farmácia. É fundamental lembrar que a perda auditiva está associada ao isolamento social, depressão e até demência, e o tratamento envolve a reabilitação, desde aparelhos auditivos convencionais até cirurgias e implantes”, conclui.