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Queda no número de estelionatos em Petrópolis: Menos casos, mas alerta para novas formas de golpes

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Queda no número de estelionatos em Petrópolis: Menos casos, mas alerta para novas formas de golpes


Cidade registra menor número de ocorrências desde abril de 2023, mas especialistas alertam para a necessidade de registrar os crimes e para o aumento das fraudes online.

Tribuna de Petrópolis
Domingo, 27 de outubro de 2024 às 10:39

Autor original: Wellington Daniel

Edição e resumo: Thiago Mendes

Em setembro, Petrópolis vivenciou uma redução significativa no número de casos de estelionato, marcando o menor índice desde abril de 2023, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Foram registrados 170 casos nas delegacias da cidade, representando uma queda de 28,27% em comparação ao mês anterior e de 18,27% em relação ao mesmo período de 2023.

Apesar da queda, é importante destacar que os números ainda superam os registrados no período pré-pandemia. Em setembro de 2019, por exemplo, foram apenas 43 casos. O aumento expressivo após a pandemia, atingindo o pico de 288 ocorrências em julho deste ano, é atribuído ao crescimento do uso de meios eletrônicos para a aplicação de golpes.

A advogada Carolina Lima explica que o estelionato ocorre quando alguém é enganado por meio de mentiras ou má-fé, resultando em prejuízo para a vítima, que entrega algo de valor ao criminoso de forma voluntária. Ela destaca que o crime pode se configurar em diversas modalidades, incluindo a venda de algo que não pertence ao vendedor, a emissão de cheques sem fundos e outras situações previstas na lei.

É fundamental que a vítima registre a ocorrência e formalize uma representação para que a polícia possa investigar o crime e o Ministério Público possa iniciar uma ação penal. Além do boletim de ocorrência, é importante apresentar documentos e testemunhas que comprovem o crime. A falta dessa representação formal impede o início da investigação, já que o estelionato é um crime de ação pública condicionada à manifestação da vítima.

Carolina Lima ressalta que a redução nos números não significa necessariamente a diminuição dos crimes, mas sim que muitas vítimas estão buscando alternativas fora do judiciário, como acordos extrajudiciais, arbitragem e câmaras de conciliação. Essas opções, embora mais rápidas e menos desgastantes, não devem ser vistas como substituições para o registro formal dos casos. A advogada enfatiza a importância de registrar as ocorrências nas delegacias para que o Estado possa direcionar recursos para a proteção da sociedade.

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