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Transição em Petrópolis: Crise Financeira e Dificuldades para a Nova Gestão
Reunião da equipe de transição em Petrópolis discute a grave situação financeira do município, com atrasos salariais e paralisação de serviços, e a equipe do novo prefeito se prepara para lidar com o legado da gestão anterior.
Autor original: Redação/Tribuna de Petrópolis
Edição e resumo: Thiago Mendes
A primeira reunião da equipe de transição de governo em Petrópolis teve como foco principal a crise financeira que assola a Prefeitura. A equipe do prefeito em exercício, Rubens Bomtempo (PSB), apresentou aos membros da equipe do prefeito eleito, Hingo Hammes (PP), um relatório detalhado sobre a situação crítica, incluindo atrasos de salários e a paralisação de serviços essenciais.
A reunião, realizada na terça-feira (05), revelou diferentes perspectivas sobre a situação financeira. O governo Bomtempo afirmou ter entregado um diagnóstico completo da realidade financeira do município, enquanto a equipe de Hingo alegou que os relatórios fornecidos atenderam apenas parcialmente à Lei Orgânica e não incluíram detalhes sobre o imbróglio jurídico envolvendo o repasse do ICMS.
Um dos principais pontos de divergência é o aumento do Índice de Participação do Município (IPM) em 2022, que proporcionou a Petrópolis um maior repasse do ICMS. Essa medida, porém, gerou um impasse com outros municípios, especialmente Teresópolis, que contestavam o aumento. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) derrubou a liminar que garantia o aumento para Petrópolis, culminando em uma queda abrupta na receita do município.
O governo Bomtempo alerta para as graves consequências do fechamento do exercício fiscal, enquanto a equipe de Hingo se preocupa com a continuidade de serviços essenciais como merenda escolar, transporte de alunos com deficiência, medicamentos, coleta de lixo e o pagamento de servidores ativos, inativos e pensionistas.
A equipe de transição solicitará documentos adicionais para aprofundar o estudo da situação financeira e garantir a continuidade dos serviços essenciais, além de analisar as políticas públicas em vigor e garantir o pagamento de salários e benefícios dos servidores.
